Causas e consequências das influências energéticas do bem e do mal
O fenômeno da mediunidade está sujeito às influências energéticas dos Espíritos ligados ao bem ou dos Espíritos ligados ao mal. Essa ordem de influências determinará o panorama básico da manifestação em si bem como o desenrolar do evento e os resquícios que restarão do intercâmbio espiritual.
Mas, para entender profundamente a questão do nível de influências, é necessário antes saber como essas influências espirituais se estabelecem e qual a parcela de responsabilidade do médium no momento de uma comunicação espiritual. É sabido que o principal componente de atração entre encarnados e desencarnados chama-se SINTONIA. Se eu mexo no sintonizador do meu rádio para captar determinado programa, eu estou estabelecendo uma sintonia. Ao me deparar com o som que me agrada, eu ali fico curtindo o som até que eu me canse e desligue ou mude de estação em busca de nova audição. Nesse sentido, não é demais afirmar que, ao longo do tempo, meu processo de afinidade com determinada estação me fará conhecedor profundo da qualidade de som, dos apresentadores, das vinhetas e das músicas que ali tocam. Isso significa que eu me tornei um expert naquela rádio, podendo tornar-me um divulgador. Nesse instante, aquela rádio tornou-me um seguidor dela.
O que tudo isso tem a ver com a mediunidade? Nossa afinidade com determinada faixa vibratória vai nos colocar em contato com espíritos que fazem estágio na alegria, na dor, na indiferença, na ignorância, no amor, no bem ou no mal. Toda a sorte de acontecimentos se dará, daí em diante, seguindo os ritmos consoantes com as características específicas de cada um desses sentimentos.
Determinismo e Livre-arbítrio
O Determinismo é a doutrina que afirma serem todos os acontecimentos, inclusive vontades e escolhas humanas, causados por acontecimentos anteriores, ou seja, o homem é fruto direto do meio, logo, destituído de liberdade total de decidir e de influir nos fenômenos em que toma parte, existe liberdade , mas esta liberdade condicionada a natureza do evento em um determinado instante.
Já a doutrina oposta é a do livre-arbítrio, que declara a vontade humana livre para tomar decisões e determinar suas ações. Diante de várias opções oferecidas por uma situação real, o homem poderia escolher uma racionalmente e agir livremente de acordo com a escolha feita (ou não agir, se o quisesse).
O gráfico acima representa claramente a capacidade de escolha do indivíduo. Essa capacidade aumenta à medida que ele tem maior nível de responsabilidade. Os acontecimentos funestos da vida presente podem ser (e geralmente são) resultado de mal uso da nossa capacidade de decidir. O mal uso do livre-arbítrio gera forçosamente um determinismo pois existe uma grande lei universal que rege desde o funcionamento dos átomos até os movimentos celestes: ORDEM! Essa ordem independe de tempo e espaço e os fluxos que se opoem a essa força são trazidos aos eixos por uma atração irresistível a fim de se recolocar em ORDEM aquilo que foi tirado do lugar. Essa lei é inexorável e vale para qualquer ponto do universo. Portanto, Deus não é culpado nem sobre a dor, muito menos sobre a alegria de um ser humano. Ele paira sobre as aparências e ilusões desse planeta à espera do nosso aumento de consciência.
Einstein fez uma mudança radical no pensamento científico no início do século XX. Com sua Teoria da Relatividade ele ultrapassou a física mecânica de Newton e os grandes avanços na Ciência são devidos ao seu esforço e trabalho. Se fôssemos analisar os grandes feitos de Einstein, poderíamos atribuir a ele os malefícios ou benefícios de suas descobertas? Os benefícios ou malefícios são característicos daqueles que se utilizam de um determinado conhecimento ou artefato. Assim, podemos concluir com muita clareza que o mal ou o bem residem em nós mesmos e que só daremos vazão às influências benéficas ou maléficas se assim o quisermos. Por mais influências que os Espíritos exerçam sobre os médiuns, esses (e não aqueles) têm maior responsabilidade sobre seus atos. É óbvio que cada Espírito terá sua cota de acordo com a parte que lhe toca, porém aquele que exerce a ação será objeto de maiores problemas no futuro.
Os escândalos são resultado dos vícios e imperfeições, más ações, com ou sem repercussão, consequência efetiva do mal moral, sendo necessários para que os Homens se punam em contado com seus próprios vícios, constituindo-se castigo para uns e provas para outros. Avisa-nos de que Deus faz sair o bem do mal e até as coisas más ou desagradáveis são aproveitadas.
O ser humano tem 3 características que o distingue dos animais:
– Pensar;
– Querer;
– Agir.
Quantas vezes agimos sem pensar? É nesse instante que a nossa inferioridade espiritual fala mais alto e construímos a ponte que nos liga aos erros e ao determinismo. No instante em que usarmos a mente com seu total potencial, tomaremos conta e exerceremos domínio sobre o nosso presente e futuro espirituais.
Em vosso nível, é livre a escolha dos atos e dos caminhos; livre a colocação das causas (…). No entanto, não é livre a escolha da série de reações e dos efeitos, pois esta é inexoravelmente imposta pela Lei. Cada escolha vos prende ou liberta. O poder de escolher e de dominar aumenta com a capacidade e com o merecimento, que lhe garantem o bom uso. Dessa forma, o determinismo da matéria gradualmente evolui para o livre-arbítrio da consciência, à proporção que esta se desenvolve.
Pietro Ubaldi – A Grande Síntese
Filed under: Uncategorized | Leave a comment »